(Arte de Sergey Zabelin)
Uma semana se
passa. Parado em frente ao apartamento de Laura, Nathan bate em sua porta.
Demorando para atender, ele bate novamente. Sem resposta. Batendo novamente, o
rapaz repete o gesto pelos próximos cinco minutos, mas ninguém atende.
Abaixando sua cabeça, ele põe a mão nos olhos e respira fundo. Laura não queria
vê-lo. Decepcionado, ele deixa o prédio e volta para o Submundo.
Caminhando pela
superfície, ele passa pelos rejeitados e excluídos que habitam seu novo lar. Os
neons colorem as fachadas dos comércios, mas também as pilhas de lixo nos becos
escuros. Traficantes e usuários de drogas negociam nas ruas, cafetões nas
esquinas vigiam suas prostitutas e os mendigos bebem tranquilamente nas
calçadas. Ao levantar voo, os aerocarros sopram o vapor quente de seus
propulsores. Nathan levanta a gola de seu casaco e se protege, passando em
silêncio pelo local.
Ao entrar no
Submundo, ele se dirige ao escritório de Database. Como sempre, ele encontra
seu chefe analisando documentos de espionagem e ponderando de que forma agirá a
seguir.
O rapaz pergunta:
- Database, você
teve notícias de Laura?
Olhando para
Nathan, ele nota seu semblante abatido.
- Olá, Nathan. –
cumprimenta ele – Infelizmente, não. Lamento.
Ao ouvi-lo, a dor
em seu peito crescia. O rapaz passava por um estado de comiseração.
- Se você souber
de alguma coisa, pode me avisar, por favor?
Intrigado, o
chefe pergunta.
- Tem alguma
coisa em mente, Nathan?
Um pouco
pensativo, ele responde:
- Tenho algo que
queria falar com Laura, pessoalmente se possível.
Em tom
compadecido, Database responde.
- É claro... Se
eu souber de Laura, ficarei feliz em lhe informar, está bem?
Assentindo, o
rapaz diz:
- Obrigado.
Então o rapaz se
vira e deixa seu escritório.
Uma hora depois,
Nathan e sua equipe se preparam para deixar o Submundo. Vestindo seus uniformes
e recarregando suas armas, Database aparece e então pergunta:
- Você já se
sente recuperado para sair?
Olhando para o
chefe, ele responde:
- O tempo é
precioso, Database. O quanto antes formarmos uma coalização, mais cedo a
rebelião acabará.
Assentindo, o
chefe diz:
- Tome cuidado
dessa vez, Nathan. E boa sorte.
§
Antes da catástrofe
de 2057, havia a Catedral de São Patrício em Nova Iorque, sendo esta uma
proeminente edificação religiosa na cidade. Localizada no lado leste da 5ª
Avenida, diretamente em frente ao Rockfeller Center, sua importância histórica
e cultural era grande. Após várias reconstruções e restaurações, a magnífica
construção gótica chegaria ao inevitável fim. A devastação do mundo deixou a
catedral arruinada e destruída, tornando-se mais uma distante lembrança do passado que simplesmente deixou de existir. Seu estado atual é desconhecido,
mas entre os nova-iorquinos que se mudaram para Sonata durante a construção da
metrópole, sua lembrança permaneceu.
A espiritualidade
é uma característica humana que nem o materialismo das corporações conseguiu
extirpar. Alguns fieis e saudosistas das velhas religiões se juntaram e,
semelhante ao suntuoso templo da Bushido, reconstruíram a antiga catedral no
terraço de uma megatorre. Os fieis, hoje privados de seus livros sagrados e
dogmas de antes, tinham um novo local de adoração.
Entretanto, as
mensagens de paz e caridade não faziam parte desta nova religião, e hoje seus
membros são bem diferentes daqueles do século 21.
Nathan sobrevoa o
céu da metrópole e reconhece o local. Ele está no distrito de Midtown, situado
no Setor C. A Catedral de São Patrício surge à sua frente, causando-lhe
admiração. Por muito tempo ele pensou que a catedral era apenas um museu, uma
edificação pública para fins culturais. Ele jamais pensou que, na verdade, aquela
bela obra de arquitetura era uma edificação clandestina que abrigava
criminosos.
Os Clérigos do
Recomeço eram uma organização terrorista que lutava pela instauração do Estado
Eclesiástico em Sonata. Religiões clandestinas são proibidas na metrópole, e
eles têm a liberdade religiosa como sua principal causa.
Os runners são recebidos
por homens de armaduras negras e pontudas. Ele carregam pistolas nos coldres,
fuzis no peito e facas táticas nas pernas. Nathan se fascina ao ver correntes e
amuletos religiosos enrolados em seus rifles. Mas apesar da aparência de
santos, era óbvio que eles não saíam às ruas para pregar sobre a paz e o amor.
Dentro da
catedral, Nathan vê uma belíssima igreja com vários bancos de madeira,
pedestais com velas e vitrais coloridos. Acima, ele vê enormes candelabros
pendurados no teto. No final do salão há um vasto altar, suas belas decorações são
de mármore, madeira, flores, cerâmicas e cálices. No alto das paredes há várias
esculturas de gesso, aparentemente tristes, representando os santos e mártires.
O rapaz não sabe de quem se tratam, pois após séculos de controle à adoração,
aquelas imagens só eram conhecidas aos membros daquela bizarra religião. Em Sonata,
a liberdade religiosa era proibida por impor barreiras morais, sociais e
filosóficas ao progresso científico promovido pelas corporações.
Em frente ao
altar há um homem pregando para a congregação. O rapaz nota que a congregação
não era apenas composta pelos membros da facção, mas também por cidadãos
daquele distrito. Então ele olha para o pregador, um homem velho com o topo de
sua cabeça raspado e seus cabelos formando um aro ao redor da careca. Ele veste
uma longa veste preta e vermelha, e em seu pescoço há um
enorme colar. Sua face transmite devoção e austeridade, típica dos grandes
líderes religiosos.
Os fieis são
homens e mulheres, e todos demonstram muita devoção e aceitação às suas
palavras. Parando atrás deles, os runners esperam o velho terminar, ouvindo-o.
- Irmãos, esta
noite vou fazer um tipo diferente de pregação. Esta noite vou falar-lhes de
algumas calúnias e difamações históricas acerca de nossa santíssima religião.
Aparentando ter
grande conhecimento histórico, o velho fala sobre as religiões do velho mundo,
suas divergências e as causas de seu radicalismo no século 21. Ele fala sobre o
monoteísmo predominante no ocidente, o politeísmo e as belas lições filosóficas
mescladas à religião nas longínquas regiões do extremo oriente. Com grande
habilidade, ele relaciona os fatos históricos e justifica cada um dos seus
defeitos, contrariando a ideia de que as religiões foram as responsáveis pela
degradação do mundo.
Em seguida o
pregador fala de seu título, o “Profeta”. Imediatamente Nathan se intriga com sua
pretensiosa auto-intitulação. Ele prossegue seu discurso direcionando sua ira
àqueles que se escandalizavam de sua carreira profética. Ele é irônico e
categórico ao responder.
- Ora, não são os
profetas os fundadores das antigas religiões? A partir desta lógica, o que
seria necessário para começar a nossa própria?
O pregador fala da
necessidade natural do ser humano em crer e de seu intrínseco dom para a fé. Em
um discurso inflamado, ele acusa as corporações de retirarem a liberdade
espiritual do ser humano, confinando-os ao materialismo e alienando-os aos
prazeres do consumismo industrial. Ele os acusa de atentarem os cidadãos aos
seus instintos mais básicos e de lhes imputarem o que ele chama de disciplina
industrial, uma espécie de educação coercitiva bem estruturada.
Montando um
paralelo entre as religiões do passado e o regime corporativo do presente, o
pregador profere seu discurso.
“Irmãos,
conseguem ver até onde foram as religiões para se preservarem e manterem viva a
sua fé? Erros foram cometidos, o pecado adentrou seus corações, os próprios
ministros se corromperam! E eu vos pergunto: ainda haveria credibilidade nas igrejas
para reunir e converter os fiéis sob a mancha sangrenta de seus próprios
erros?”
Então ele bate
veementemente em seu púlpito, assustando-os.
“Sim! E não
apenas credibilidade, mas a obrigação moral! Eis a lição que a História nos ensina!
A maior batalha está aí fora, só precisamos sair e ver! As corporações nos
dominam e nos escravizam, e seu absoluto poder pune seus
dissidentes com a morte. Ficaremos parados enquanto almas se perdem nas mãos
destes despóticos governantes? Ora, a Igreja derramou sangue para preservar
nossa fé, sangrou para que os fiéis tivessem acesso à Salvação. Permitiremos,
pois, que a fé se perca na opressão dessas instituições doentes? Apesar de todo
o esforço, a Igreja se enfraqueceu e perdeu sua influência. Cedo ou tarde todas
as grandes obras caem... Mas o maior responsável pela sua queda foi a
ignorância dos descrentes, guiados pela elevação de seu próprio egoísmo. E este
mesmo egoísmo, sob a nova religião restaurada, não mais existirá!”
O pregador começa
outra comparação.
“As corporações
cometem seus erros todos os dias e se ensoberbecem acreditando que nos controlam.
Mas elas cairão! Vocês não veem, irmãos? Estamos no limiar de uma revolução
religiosa! A vitória pela fé! As corporações cairão e nós, pela graça divina,
conquistaremos o poder e recriaremos um novo Estado eclesiástico, livre do
materialismo imoral e da corrupção da mente! Glorificado seja nosso Deus!”
Então toda a
congregação se levanta e exulta ao nome de Deus, mesmo Nathan não sabendo de
qual deus se tratava. Louvando-o e aplaudindo-o, o velho pregador permanece em
silêncio, contemplando seus fiéis com olhar satisfeito.
Escoltados pelos homens
de armadura, os runners se aproximam do pregador. Um deles se curva e então diz:
- Trouxemos o
Inimigo de Estado como desejado, Vossa Eminência.
O pregador olha
para eles e responde:
- Meus paladinos,
eu agradeço vossa cooperação. Vocês devem retornar ao seminário agora.
Os homens
assentem e deixam os runners. De mãos dadas sob a larga manga, o pregador se
apresenta:
- Boa noite, meu
jovem. Eu sou o Profeta John August. Bem-vindo à sede dos Clérigos do Recomeço.
Nathan ouviu
muito sobre os Clérigos do Recomeço na televisão. Uma facção terrorista voltada
à conversão religiosa, com atuação frequentemente violenta. Quando Nathan
pesquisou sobre essa organização, ele descobriu fatos
interessantes e ao mesmo tempo grotescos sobre sua doutrina “pacífica” e
“salvadora”.
Diferente dos
manifestos políticos da 4 de Julho, os manifestos religiosos dos Clérigos
demonstravam um forte apelo à conversão. Para convencer as pessoas, eles
exibiam fatos históricos, as causas sociais e as origens da instituição em
panfletos, sempre admoestando-se à uma beatitude máxima e póstuma chamada
Salvação.
Por fim, é uma
organização notória por sua hierarquia eclesiástica, seu fundamentalismo
religioso e seus integrantes fanáticos. Entretanto, difere-se totalmente das
verdadeiras doutrinas pacíficas e conciliadoras das antigas igrejas
judaico-cristãs do século 21.
O profeta
pergunta:
- Então você é o
famoso Nathan?
Um pouco
lisonjeado, o rapaz responde:
- Sim.
- Nathan –
pondera ele – o Inimigo de Estado que as redes corporativas falam tanto. Não
sei o que aconteceu no Setor L, mas creio que não foi sua intenção causar
tantos problemas, não é mesmo? Na verdade, acho que foi um grande infortúnio
você estar lá.
O rapaz se
surpreende.
- Após todo esse
tempo, você é a segunda pessoa que me fala isso.
- Mas, apesar do
infortúnio, você é o Inimigo de Estado hoje. Meu rapaz, responda-me uma coisa, você se
sente um privilegiado?
Nathan se
intriga.
- Definitivamente
não. Eu nunca quis isso, mas hoje reconheço que a luta que travamos é mais
importante do que minhas escolhas ou meu destino.
- E é exatamente
por isso que está aqui, não é? Por esta luta?
Convictamente,
ele responde:
- Sim.
Ponderando um
pouco, John August pergunta:
- E você gosta de
lutar, senhor Nathan?
O profeta lhe
pergunta algo sensível. O rapaz é pesaroso ao responder.
- Não, eu não gosto.
Ele parece
desacredita-lo.
- Você está
ciente de que agora é o Inimigo de Estado, não é?
Perspicaz, o
rapaz responde:
- Acho que todos
aqui somos.
- Não. – corrige
ele – Para as corporações, somos apenas uma facção qualquer, um bando de terroristas
e criminosos. Mas você... Você é o Inimigo de Estado declarado, um perigo
imenso à metrópole e à segurança pública. Seu ativismo é perigoso, pois ameaça o
poder incontestável das corporações e dá às massas a ilusão da libertação.
Referindo-se aos
clérigos, ele ousadamente pergunta:
- Está dizendo
que eu sou mais perigoso do que os próprios terroristas?
Virando-se para o
altar, o profeta discursa:
-
Terroristas? Olhe ao redor, Nathan. O que a instituição dos Clérigos do
Recomeço representa para você? – antes que pudesse responder, o profeta
continua – Trazemos correção e direção à metrópole, mas também o juízo e a
justiça. Já trouxemos a Religião, agora traremos a Espada. Nós somos a ordem à esta
metrópole caótica e gananciosa. Portamos a paz em oposição aos que carregam o
tormento. Pregamos a verdadeira fé àqueles que estão perdidos. Pela fé, pela
palavra e pela verdade conquistaremos a vitória, e instauraremos um novo regime
nesta Babilônia corporativa. Aboliremos seu mundanismo, abominaremos seu
apetite materialista e então criaremos um novo Estado, um governo eclesiástico
baseado na fé. Não somos enganadores e populistas, não agimos segundo o mundo,
e não buscamos a sabedoria dos homens. Não queremos fazer política mudando um
sistema falho por outro corruptível. Não somos como o mundo que se deixa guiar
por homens cegos para caírem na mesma cova. Trazemos a justiça de Deus! Não se
pode ser amigo do mundo e ser amigo de Deus, pois quem deseja ser amigo do
mundo se faz inimigo de Deus. A Igreja governará através das doutrinas e dos
dogmas de nossa santíssima religião.
O rapaz se
intriga. Sem poder resistir, ele novamente se deixa levar por suas próprias convicções,
debatendo com um líder faccioso. Ele diz:
- Igreja e Estado
devem se separar para que haja um governo justo. Não se deve impor a religião
nos cidadãos e nem manipular a sua fé. Pode um líder espiritual governar um
sistema político sem misturar legislação institucional com ortodoxia
eclesiástica?
O profeta se
surpreende com seu conhecimento. Virando-se novamente, ele encara Nathan nos
olhos.
- Nós bem sabemos da importância da política, da economia, do comércio e da indústria, mas nós também
sabemos de seus malefícios. Os avanços tecnológicos e científicos prejudicam as
pobres almas sem direção. O que fez a tecnologia em todos esses anos além de
desvirtua-las, lhes corromper a fé e ultimamente destruir o mundo? O
desenvolvimento tecnológico será reservado apenas à nossa organização, sendo
abolido totalmente da sociedade, hoje profanada físico e mentalmente pelos
abomináveis implantes bioprotéticos e neurais.
Indignado, Nathan
pergunta:
- Pretende afogar
a sociedade na ignorância e no passado, dando largos passos de volta à Idade
Média?
- A ciência
afastou as almas de Deus, o materialismo alienou suas mentes e a tecnologia
profanou seus corpos com objetos estranhos perante os olhos do Senhor. Os
valores morais foram substituídos pela ganância e pelo consumismo. Vamos
reverter esta obra de demônios e transformar a condenação em salvação. Os
Clérigos do Recomeço expurgarão Sonata de toda heresia propagada impunemente ao longo desses anos. Toda abominação, corrupção e blasfêmia
será finalmente arrancada de seu coração impuro.
John August
parece delirar ao falar do dia da tomada do poder pelos Clérigos. Os fiéis
também vibram e exaltam esse dia. Nathan tristemente percebe que novamente estava
em outro antro de fanáticos e enlouquecidos.
Desafiante, o
rapaz pergunta:
- Então é essa a
mensagem de fé e paz que vocês querem passar? Clérigos armados e violentos
condenando inocentes à morte? É desta maneira que querem restaurar a Igreja?
Ao ouvi-lo, os
membros se iram com a sua ousadia. John August sorri e então responde:
- Creio que você
não entendeu as intenções de nossa organização. Sim, meus paladinos portam
armas e muitos julgam nosso ativismo como terrorista. Isso é aceitável já que
ninguém desarmado vence uma revolução. Mas nem tudo será esse mar de sangue que
você imagina ser. É claro, tomar o poder e criar uma nova sociedade não será um
trabalho fácil, mas em nosso governo reinará um líder benevolente e atento às
necessidades do povo.
Nathan arrisca
uma pergunta, já suspeitando da resposta.
- E quem será
esse líder?
O profeta
responde:
- Eu.
Então os membros intitulam
o profeta John August como “Vossa Santidade”. Ele recebe a veneração de seus seguidores,
humilde e honrosamente, abençoando-os.
Ignorando aquela
bando de malucos, Nathan vai direto ao assunto.
- “Eminência”... –
diz ele, com ironia –, venho lhe propor uma aliança entre os Clérigos do
Recomeço e o Submundo.
O profeta parece não
compreender o rapaz.
- Nathan, vejo
que você veio de longe e tem trabalhado bastante para encerrar a rebelião. Está
tarde, você e seus companheiros devem estar cansados. Rogo-lhes que passem a
noite em nossa sede. Discutiremos esse assunto amanhã. Até lá, pondere nas palavras
que eu te falei.
Sentindo-se
ameaçado, o rapaz pergunta:
- Pretende nos
prender aqui também?
John August ri.
- E repetir o
erro dos Trans-humanistas? É claro que não. Nosso compromisso é com a caridade.
Não estamos aqui para prender ninguém, afinal, esta catedral não é um cárcere
para os descrentes e os hereges.
Nathan não se
convence.
- Por que eu
confiaria em você? Após tudo o que aconteceu, como eu poderia?
Pacientemente o
profeta responde:
- Vejo que há
muitas dúvidas em sua mente. Descanse primeiro. Meus cardeais os levarão aos
seus aposentos. Se depois de amanhã você quiser ficar e se juntar à nossa nobre
causa, nós o receberemos de braços abertos.
Então os cardeais
do profeta John August aparecem. Eles vestem longas roupas vermelhas e portam
rifles em suas mãos. Apesar do conclave pertencer a uma hierarquia na extinta
igreja católica, aquela organização utilizava-se desse título para designar
seus mais valorosos soldados.
Os runners
protestam a decisão de John August, mas pela diplomacia e aliança com os clérigos,
Nathan não tem outra escolha.
Desconfiado, o
rapaz então se deixa levar por aqueles homens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário