(Imagem do canal Nuke´s Top 5)
Um odor vil e podre
Pior do que o enxofre
Uma doença comprovada na medicina
Infecção cadavérica que te contamina
Um amigo médium me explica
Que se sentir o cheiro
Há uma presença maligna
Assombrando a sua vida
Espíritos ressentidos que não fizeram
a travessia
E que vagam em tormento dia após dia
O cadáver podre que jaz enterrado em
uma cova
Seu espírito assumiu a aparência da
pele morta
Podem ser demônios de semblante horrendo
Homenzinhos pequenos cobertos de preto
O moribundo chora de desespero ao
vê-los
Pois eles vem busca-lo em seu último
momento
Com eles vem o cheiro
Misteriosamente se infiltrando em
nosso meio
O cheiro de cadáver putrefato
Deixando o ambiente insuportável
Sem querer eu rio dessas ilações
Pois eu não acreditava nessas superstições
Toda noite alguém aparecia
Atrás da janela da cozinha
Assustado eu pergunto quem está ali
fora
A figura estática não responde e não vai
embora
Com firmeza eu tomo coragem
E abro a janela com vontade
Intrigado eu procuro e não vejo ninguém
A silhueta estava lá há um segundo,
porém
Então o cheiro se espalha pela minha
casa
Simplesmente veio, aparecendo do nada
Podridão, excremento e carniça
Empesteando as minhas narinas
Penso em abrir as janelas
Mas tenho medo de abri-las de novo
Pois não sei se a figura desconhecida
Ainda estava me espreitando
Uma sensação estranha me incomoda
Como se tivesse alguém em minhas
costas
Ao passar em frente ao espelho
Eu paro por um momento
Algo chama a minha atenção e em
seguida
Eu tenho o maior susto da minha vida
Atrás de mim eu vejo um espírito
Seu corpo estava todo apodrecido
Sua carne putrefata e em decomposição
Enegrecido como a própria escuridão
Encho os meus pulmões e grito
O mais alto que eu posso eu grito
Para o meu quarto eu imediatamente
corro
E debaixo dos cobertores eu logo me
escondo
O cheiro está mais forte e me sufoca
Ouço a respiração do espírito mais
próxima
Com lágrimas nos olhos eu peço para ele
ir embora
Em horror eu temo aquela entidade morta
Eu devo ter colapsado de desespero
Pois instantaneamente eu adormeço
Ao acordar pela manhã eu não sinto
mais medo
Mas ainda conseguia sentir o cheiro
Que terrível pesadelo
Pois ao me lembrar daquele cadáver
Eu me encho de medo
Passam-se os dias
Lentamente eu retomo a minha vida
Mas algo ainda me perturba
Nos espelhos, nos cantos, nas janelas
escuras
Mesmo que eu tente ignorar
Algo nas trevas parece me observar
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