Qual é a origem da Alma?
Não é conhecido em que momento da gestação ocorre a origem da vida,
porém, segundo a doutrina cristã, a origem da alma ocorre no momento da
concepção, pois ambas se confundem com a própria Vida (Gênesis 21:2; 1 Samuel
1:20).
Alma, do latim animu, quer
dizer “o que anima”. Pode-se derivar outras palavras mais conhecidas como
animação, animado, animosidade, etc. Porém não se deve confundi-la com Espírito,
da qual há outra definição tanto religiosa quanto etimologicamente.
Santo Agostinho, sendo um dos maiores pensadores cristãos de todos os
tempos, dá excelentes explicações sobre a natureza da alma. Em suas obras,
principalmente nos livros A Imortalidade
da Alma e A Grandeza da Alma, as
definições agostinianas vão desde filosóficas, teológicas e até geométricas. Este
texto, porém, trata-se de um ponto de vista pessoal, filosófico e religioso do
assunto.
Não existe corpo sem alma, assim como não existe alma sem corpo. A origem
da alma ocorre no momento da concepção, portanto, para a alma existir deve-se
primeiro conceber um ser humano dentro do útero. Desta maneira, corpo e alma
são simultaneamente concebidos.
Unidos pela concepção e vivificados pelo nascimento, corpo e alma tornam-se
um só. São como as duas faces da mesma moeda, da qual nenhuma pode existir sem a
outra. O corpo é a parcela material da Existência, e a alma é a parcela
espiritual. Enquanto a natureza material está fadada à morte, a natureza espiritual
da alma lhe garante a eternidade.
E quem pode compreender a Eternidade? Ninguém além do Deus que a criou.
Segundo a Bíblia, antes do Juízo Final as almas dos ímpios ficam no Hades
(Lucas 16:23), Inferno (2 Pedro 2:4) e Abismo (Lucas 8:21), provavelmente
tratando-se do mesmo lugar. Quanto as almas dos justos, elas ficam no Céu (Mateus
18:3), Paraíso (Lucas 23:43) e Seio de Abraão (Lucas 16:22). Ambos os mortos,
justos e ímpios, têm suas almas separadas em locais provisórios aguardando o
derradeiro juízo.
Durante a ressurreição dos justos, haverá um novo corpo glorificado para
os remidos em Cristo (Apocalipse 20:6). Da mesma maneira, após a ressurreição
dos ímpios ambos o corpo e a alma serão vivificados para a última condenação,
reservada ao Lago de Fogo, chamada de segunda morte (Apocalipse 21:8).
Em ambos os casos, ao retornarmos para o plano material seremos
ressuscitados em corpo e alma, tendo nossos corpos ressuscitados, julgados e
separados tanto para a salvação quanto para a condenação.
Além desta definição, há ainda a narrativa de que o corpo não morre, mas
dorme, aguardando o chamado para a Ressurreição (João 11:11; Marcos 5:39;
Apocalipse 11:15).
A alma retorna à matéria, sua existência independe do corpo, entretanto,
sua origem se dá na matéria, ou seja, depende unicamente e exclusivamente do
corpo.
Todavia, corpo e alma são de natureza horizontal perante Deus. Até o
momento da consumação da vida, a mente e o corpo não vão além do quanto os
sentidos podem captar e interpretar. Apenas aproximando-se do Espírito Santo de
Deus, que é vertical e, portanto, superior, é que poderemos compreender
lentamente o conceito de eternidade espiritual.
Mesmo a Ciência se arrisca a comprovar a existência da alma, contrariando
os céticos e materialistas. A seguir a descrição da matéria:
O médico
estadunidense, Dr. Stuart Hamerroff e o físico britânico, Sir Roger Penrose,
desenvolveram uma teoria quântica da consciência, que afirma que nossas almas
são contidas dentro de estruturas chamadas de microtúbulos, os quais vivem
dentro de nossas células cerebrais.
Eles alegam
que as nossas experiências da consciência são o resultado dos efeitos da
gravidade quântica dentro dos microtúbulos – um processo que eles chamam de
redução objetiva orquestrada (Orch-OR).
Em uma Experiência de Quase-Morte, os microtúbulos perdem seu estado quântico, mas a informação dentro deles não é destruída. Ou, em termos compreensíveis aos leigos, a alma não morre, mas retorna ao universo.
Em uma Experiência de Quase-Morte, os microtúbulos perdem seu estado quântico, mas a informação dentro deles não é destruída. Ou, em termos compreensíveis aos leigos, a alma não morre, mas retorna ao universo.
“Vamos dizer
que o coração pare de bater, o sangue pare de fluir, os microtúbulos percam seu
estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é
destruída; ela não pode ser destruída; ela simplesmente é distribuída e
dissipada pelo universo“, disse o Dr. Hameroff.
“Se o paciente é ressuscitado, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente diz ‘Eu tive uma experiência de quase-morte’”, continuou o Dr. Hameroff.
Caso o paciente morra, seria “possível que esta informação quântica exista fora do corpo por tempo indeterminado – como uma alma”.
“Se o paciente é ressuscitado, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente diz ‘Eu tive uma experiência de quase-morte’”, continuou o Dr. Hameroff.
Caso o paciente morra, seria “possível que esta informação quântica exista fora do corpo por tempo indeterminado – como uma alma”.
(fonte: http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2225190/Can-quantum-physics-explain-bizarre-experiences-patients-brought-brink-death.html)
Apenas Deus pode despertar as almas para a eternidade, pois elas fazem
parte de sua consciência universal. A concepção física traz consigo uma fração
espiritual desta própria consciência, como um dom gratuito do Criador.
Concluindo, a existência da alma não é só um conceito metafísico, mas um
fato que vem se comprovando e um dom que todos nós, desde o início dos tempos,
compartilhamos.
- Eduardo Domingues
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