A Autodestruição da Ordem

[Poesia escrita quando eu tinha 17 anos]

Através da ingratidão exposta em sua face
E da pestilência que emana de sua boca
Essas palavras sujas que saem de seu coração
E contaminam a alma dos homens

Há mais que vilania e tirania
E talvez na sua coleção de vícios horríveis
Inundados pela intemperança
Tenha a razão da existência da dor de milhares

Nos rios de dinheiro que movimentam a nação
Do mal ao pior, da doença para a morte
Dinheiro oriundo do esforço de muitos
Agora confiscados por impostos austeros e excedentes

Mas algum dia irá alguém se preocupar
Com a justiça corrupta que apoia governantes a roubar?
Com a quebra da frágil democracia
E a ascensão de um império comunista?

Não!
O retorno da era absolutista se aproxima
Seremos condenados pela aristocracia demoníaca
Nos tornaremos parte da produção, combustíveis fósseis
Lenhas para fogueira, o inferno que incendeia

O caos socioeconômico e político é inevitável
Trevas se tornarão nossos dias
Perseguição política provocará chacinas
A revolução não para, este é o império da ideologia

Ruas e avenidas se tornarão campos de batalha
Dinheiro e poder são pretextos para matar
A pobre nação subdesenvolvida e pacifista agora grita
De ódio, dor além do grito

Sangue escorrido, muitos risos
Generais sádicos, políticos possuídos
Para onde foram os dias de paz e felicidade?
Que agradavam a muitos?

Por que nossas praias estão calcinadas?

Por que as florestas foram devastadas?
Ganância é a resposta, dinheiro é tudo?
Repreensão é necessária, analfabetismo é conveniente
Políticos não se importam com as camadas populacionais excedentes


Eles são tudo
Democracia é demagogia
A grande farsa
A amarga ironia

Mas depois que esta guerra acabar
Com pilhas de cadáveres em todo lugar
Com o fantasma da fome a nos assombrar
Quem vocês pretendem governar?