segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Reflexões Filosóficas #2




[Passagens retiradas do primeiro livro que eu escrevi. São trechos filosóficos no contexto do capítulo]

Quem Disse que o Tempo Cura Todas as Feridas?

Quando a ferida é tão profunda e a angústia é tão forte, nos sentimos fracos e abalados a ponto de sermos derrotados por nossa própria mente.
A vergonha mancha nossa estima e o fracasso inibe nossa coragem.
A ferida é tão severa que não se cicatriza, não se cura facilmente.
É então que o instinto nos induz a dar as costas a esta grande injúria e prosseguirmos com nossas vidas.
Não importa para onde você vá, não importa o que você faça, não importa quantas vezes você se convença que já superou, a lembrança da dor estará sempre atrás de você, crescendo e se fortalecendo enquanto você a ignora, como um furacão que reaparece para destruir sua casa e sua vida mais uma vez.



Privilégios são para Poucos

Algumas pessoas têm, outras não têm. Algumas pessoas são, outras não são.
A Oportunidade inibe a Liberdade, ou esta condição pode ser vencida com o Tempo?
O que somos nós além do que temos? O que somos nós além do que somos? Existe um Ser que pode ser modificado integralmente como uma casa que tem seus alicerces trocados depois de pronta? A resposta é óbvia: não.
Que privilégio existe no infortúnio? Enquanto não se abster da ilusão e da mentira, a pessoa jamais terá privilégio algum.



Origem

Pode a origem interferir no desenvolvimento do Homem? Tradições, hábitos, costumes, religião, os padrões e valores aprendidos na infância que moldam sua direção e personalidade como a talhadeira no gesso? Que elo tem sua origem com os seus atos na idade adulta?
O Homem deve ser passivo de adaptação, mutável, evolutivo, nunca deve se prender a um paradigma, nunca se deixar sofrer o efeito de cristalização.
O Homem é um ser de desenvolvimento infinito, como uma planta que cresce e se estica tentando alcançar o sol.
Jamais o Homem deve se limitar à sua Origem ou, sob influência dela, tomar decisões e atitudes erradas.


O Amor

O Amor foi roubado. Desde o dia do roubo, seu ladrão vive a prosperidade mais sublime de sua vida sentimental.
Com o amor em seu poder, o ladrão agradou , beneficiou, manipulou e magoou muitas mulheres. Enquanto seu ego crescia e se enaltecia, o ladrão se cansou e decidiu passar o resto de sua vida com apenas uma. A felizarda viveria ao lado do homem com a maior prosperidade amorosa de todos.
Mas, sob a ação da típica esperteza feminina, a mulher roubou o Amor do ladrão. Enquanto o ego da bela jovem crescia e se enaltecia, o ladrão sofreu todas as ilusões e mentiras que ele mesmo fez enquanto se apoderava dele.
A mulher o deixou para viver os efeitos do grande Amor em sua posse, e o ladrão assistiu ela partir ao cair de muitas lágrimas de seus olhos.
Deste dia em diante, o desiludido homem aprendeu a nunca mais confundir emoção com sentimento outra vez, bem como usá-los para manipular os sentimentos de alguém.



A Verdade

A Verdade é como um único guerreiro que pode destruir uma legião de soldados da Mentira. Uma única verdade desfaz uma imensa teia de mentiras, tão numerosa quanto as areias do mar, como se fosse uma onda que arrasta e destrói todas as consequências de sua falsidade.



Adendo sobre o Tempo

Talvez o Homem não fracasse em vencer sua Condição.
Talvez, sob os caprichos do soberano Destino, ele obtenha tardiamente sua vitória. Tardiamente, quando seus próximos já a obtiveram há muito tempo.

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